Eu sou o concreto leproso
Repulsa doentia personificada
Ouça o sermão que escapa da minha boca canalha
Você poderia até ficar comigo na sujeira
Eu estou embebido na subida de detritos de palavras vazias
Pra você uma legião de náusea
Sou os seus pecados
Sou sua coroa de espinhos

Eu vejo o sangue de gerações, a boca voraz chamada sistema
A boca voraz chamada sistema
Somos todos moldados por mãos vulgares
O espasmo de ódio e mentiras

O sustento para as nossas belicosas maneiras
Uma ignorância quase justificada como a fenda da humanidade
Fração cresce
O crânio da vida lobotomizado
Me ouça
Ouça me, eu sou a ignomínia
Não há renascença na hemorragia
Não!

Eu voei em um milhão de mentes
Negro no desespero
Os líquidos de saliva de incerteza nos seus olhos
Nossa carne embutida em balcões de iniquidade
Faz com que pareça que nós somos todos apenas mercadorias
Não civilizadas

Nenhuma palavra
Nos adaptamos em nosso silêncio
Paralisado para mudanças que apagam as últimas negativas
Linhas
Atitudes
Crucificadas
Mas estamos seguindo
Rastejando em direção ao suicídio submisso