Os sinos dobram, dobro a esquina adiante O céu me espia mais azul que antes Os mortos andam como eu nas avenidas O sangue escorre da mesma ferida Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés Tudo silencia, ouço só meu coração A rua acaba e meus sonhos vão Piso na poça, uma moça estende a mão Meus olhos brilham, vejo o céu no chão Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés Deixo o dia para trás Sono e sonho a noite me traz Deixo o dia para trás E a dor