Trago no meu peito ardendo em chamas pés descalços sobre a lama que cobriu nossos caminhos Desconheço qualquer traço de esperança que o abraço da lembrança faça renascer sozinho Esse corpo magro e mal-tratado Esse cérebro calejado quer abrir os corações E acabar de vez com a inquietude que emudece a juventude Que divide as gerações Nós viemos juntos de outras eras semeando primaveras que não tardam florescer Acumulando uma força invisível num processo irreversível pra não ser mais preciso ver A calada da noite mostrando homens cabisbaixos Caminhando sob o olhar perplexo da madrugada Perguntando onde vão dar os atalhos dessa nova era Essa nova estrada Essa estrada vai passar pela Vila da Boa Esperança Vai cruzar o Município dos Homens de Fé Vai fazer da Certeza o seu Arraial Na Cidade dos Jovens Sem Medo vai fazer o seu ponto final