Eu sei que sou este sujeito errado Que bebe dia e noite e dirige embriagado E sei que trata as mulheres como reles objetos Maridos são meus desafetos E se corro os dedos no piano é só pra ganhar dinheiro Para me embriagar de novo e frequentar novos puteiros E se a solidão eventualmente, invade minhas noites vazias Eu bebo goles grandes para afogar a nostalgia Ninguém tem nada com isso, porque Todos os dias a cerveja salva minha vida Todos os dias a cerveja salva minha vida Todos os dias a cerveja salva minha vida Todos os dias a cerveja me salva E quando nada mais me resta Nem amigos, nem lugar pra voltar Nem terapia, nem sequer uma festa Pra predador poder voltar a atacar O balcão do bar ainda me redime E os garçons ainda ouvem meus lamentos Sigo esperando jovens récem-separadas Vítimas tenras do meu fingimento E a balada recomeça outra vez Eu nunca tive vocação pra ser vítima Sequer amigo, muito menos honesto E toda mentira que eu conto devia ser a última Outras virão. Eu sei que não presto Sigo dizendo pra moças o que elas querem escutar E desejando suas carnes, querendo tê-las pro jantar Sigo bebendo na rua até não mais parar em pé Sigo brindando nos bares com outros amigos de fé Eles são boêmios como eu