Milonga de meta e ponga Cheirando a chão de bailanta Milonga, flor de percanta Nos braços do tocador Milonga que o cantador Improvisando se exalta Botando envido mi'a falta Já que ninguém canta flor Sou mais ou menos assim Milonga velha campeira Nunca cutuco bespeira Quando estou desprevenido No truco sou real envido Na primeira bato fluz Pra tormenta faço cruz De sal na minha soleira Nesse carteio da vida Vou me domando sozinho Me acolherei com o pinho Querendo cada vez mais Aprendi nos pajonais Tropeando antigos caprichos Lembrando antigos cambichos Que não me deixam jamais Pra querer vivo no mundo Peleando nunca me rendo Quanto mais, sei mais aprendo Quanto mais perco, mais ganho Da vida, às vezes, apanho Mas não me entrego por nada Piso com jeito na estrada Se o pago me for estranho