O pó da estrada brilha nos meus olhos, Como a distância matando as palavras, Na minha boca sempre a mesma sede, O pó da estrada. O pó da estrada gruda nos meus olhos, Como as distâncias matando as palavras, Na minha boca sempre o mesmo assunto, O pó da estrada. Eu conheci um velho vagabundo, Que andava por aí sem querer parar, Quando parava ele dizia a todos, Que o seu coração ainda rolava pelo mundo, E o pó da estrada fica em minha roupa, O cheiro forte da poeira levantada, Levando a gente sempre mais a frente, Nada mais urgente, Que o pó da estrada, Que o pó da estrada.