Então é isso, não há como intervir Não há esforço que pare o que há de ser A cada instante o hoje é menos meu E mais do amanhã, que enreda o meu partir Enquanto vejo o brilho da aurora de quem vem Eu me pergunto: O que vai ficar de mim, aqui? O que vai restar no alvorecer? Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus! O jardim dela, que florescia aqui Deu seu espaço à um piso sem cor E o poeta que eu costumava ouvir Já faz um tempo que de vez se calou Enquanto o vento leva embora as marcas de onde eu vim Eu te pergunto: O que vai ficar de ti, pra mim? O que vai restar no entardecer? Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus Após a tarde, dissipar a luz do que eu vivi Vejo a noite e vim deitar, o que restou de mim, aqui? O que vai restar no entardecer? Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus, pra mim O que vai restar no entardecer? Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus