Quando eu morrer Não quero choro, nem vela Quero uma fita amarela Gravada com o nome dela Se existe alma Se/Que há outra encarnação Eu queria que a mulata Sapateasse no meu caixão (Sapateia, sapateia) Não quero flores Nem coroa com espinho! Só quero choro de flauta Com violão e/com cavaquinho! (Quando eu morrer) Os meus inimigos Que hoje falam mal de mim! Vão dizer que nunca Viram uma pessoa tão boa assim! Não tenho herdeiros Não possuo um só vintém! Eu vivi devendo a todos Mas, não paguei ninguém! Quando eu morrer Não quero choro, nem nada! Quero ver raiar/ouvir um samba Ao roper da madrugada! Quero que o Sol Não invada o meu caixão! Para a minha pobre alma Não vá morrer de insolação! Estou contente Consolado por saber! Que as morenas tão formosas A terra um dia há de comer!