Mal de Raiz

MPB-4

Composição de: Miltinho (MPB4)/Paulo César Pinheiro
Seu amor, quando nasceu,
na garganta a voz fechou. 
Nem casca de aroeira resolveu
e o amor infeccionou. 

Seu amor, quando chegou,
a pressão logo subiu. 
Nem chá de graviola: não baixou, 
nem mais o amor saiu. 

Tive febre, tomei losna, hortelã, 
fiz emplastro e nada adiantou. 
Fiz compressa, cataplasma, quinina: 
Que nada! Era febre de amor!

Seu amor, quando bateu,
foi que nem pedra no rim. 
Nem chá de quebra-pedra me valeu, 
nem esse amor tem fim.

Seu amor, quando pegou,
foi que nem doença ruim.
Nem mel, leite, agrião, nem mesmo 
a dor leva esse amor de mim.

Me queimei, botei babosa, batata, 
manteiga, azeite, não passou. 
Fiz ungüento, fiz pomada, que nada: 
queimada era fogo de amor.

Seu amor, quando doeu,
foi o bicho que ferrou.
Nem com fumo de rolo protegeu
o vírus desse amor.

Seu amor, quando acabou,
o meu peito adoeceu.
Nem catuaba em casca me salvou 
depois que o amor morreu...
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