Os Tambores De Minas

Milton Nascimento

Composição de: Márcio Borges/Milton Nascimento
Era um, era dois, era cem 
      Mil tambores e as vozes do além 
      Morro velho, senzala, casa cheia 
      Repinica, rebate, revolteia 
      E trovão no céu é candeia 
      Era bumbo, era surdo e era caixa 
      Meia-volta e mais volta e meia 
      Pocotó, trem de ferro e uma luz 
      Procissão, chão de flores e Jesus 
      Bate forte até sangrar a mão 
      E batendo pelos que se foram 
      Ou batendo pelos que voltaram 
      Os tambores de Minas soarão 
      Seus tambores nunca se calaram 
      Era couro batendo e era lata 
      Era um sino com a nota exata 
      Pé no chão e as cadeiras da mulata 
      E o futuro nas mãos do menino 
      Batucando por fé e destino 
      Bate roupa em riacho a lavadeira 
      Ritmando de qualquer maneira 
      E por fim o tambor da musculatura 
      O tum-tum ancestral do coração 
      Quando chega a febre ninguém segura 
      Bate forte até sangrar a mão 
      Os tambores de Minas soarão 
      Seus tambores nunca se calaram 
      Os tambores de Minas soarão 
      Seus tambores nunca se calaram 
      Seus tambores...
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