Como posso tremer, machucar e sangrar
Se em sonhos eu não posso sentir verdadeiramente
Quem ousaria dizer, quem reivindicaria
Esta alucinação não é real

Glitch sináptico no espelho
Tão atraente, real e livre de mentiras
Prodigioso, onifário
Alimenta, alimenta meus olhos famintos

Artificial o catalisador, orgânico sua progênie
Prole espectral voraz, tão doce em sua fome
Liberte esta nova visão, regeneração óptica
Ameaçador, tão completo em uma bela deformidade

Essas visões autoritárias ordenam meus sentidos coletivos
Meu questionador, duvidoso, rígido self para ajoelhar
Uma síndrome de Judas em vigor, ex-eu, o enganador
É a negação do beijo miserável que o manteve disfarçado

Rejeitar, o véu da concepção, o manto racional da dúvida
Arrancado, as restrições, as algemas do cego
Queimado, a agonia, o medo, a dor
Um novo par de olhos limpos por uma nova crença