(ele) Amiga inseparável, rancores siameses nos unem pelo olhar. Infelizes pra sempre Em comunhão de males obrigação de amar. E amas em mim a cruel indiferença. Aspiro em ti a maldade e a doença. Vives grudada em mim, gerando a pedra em teu ventre de ostra e eu conservo o fulgor do nosso ódio estreitando a velha concha... Amiga inseparável, tu és meu acaso e por acaso eu sou tua sina, somos sorte e azar, tu és minha relíquia, seu sou tua ruína. (ela) Vivo grudada em ti, gerando a pedra em meu ventre de ostra. Conservas o fulgor do nosso ódio estreitando a velha concha... Amigo inseparável, eu sou teu acaso e por acaso tu és minha sina, somos sorte e azar, eu sou tua relíquia, tu és minha ruína.