Era uma vez uma bolinha marrom, que tinha uma asa comprida... Veio voando com o vento, girando, girando, fazendo pirueta no ar. Voou, voou, voou... e quando o vento parou, a bolinha foi descendo devagar... entrou na terra... e dormiu. Na natureza as histórias são assim... Tem histórias que precisam dormir antes de começar... E veio a chuva, e veio o sol, e como diz o locutor de futebol: - O tempo passa!... E o tempo passou ô ô... até que um dia a bolinha acordou, e a transformação começou: Primeiro apareceu uma pontinha, virada pra baixo, que perguntou o que é que eu faço? aonde eu vou? E a bolinha respondeu: vai buscar água na terra...vai vai vai...eu vou... Depois apareceu outra pontinha, virada pra cima, que perguntou o que é que eu faço? me ensina aonde eu vou? E a bolinha respondeu: vai buscar a luz do sol... mas como é que eu vou trazer?... folhas... chegando lá você vai ver... E veio a chuva, e veio o sol, e como diz o locutor e futebol: - O tempo passa!... E o tempo passou ô ô... e a bolinha marrom se transformou na árvore mais alta da floresta! Seus galhos formaram jardins, os bichos fizeram festa! A bolinha marrom se transformou ô ô ô ô ô no gigante da floresta! Um dia, um índio, que passava por aqui, que falava tupi, tupi-guarani, olhou...olhou...olhou... olhou e disse: ibá, jequi, Jequitibá. O gigante da floresta. Muito antes de Cabral chegar, e Portugal fazer a festa, o Jequitibá já era o Jequitibá, o Gigante da Floresta. O Brasil não chamava Brasil, não havia nenhuma cidade, e o gigante tinha mil, mil anos de idade!