Botei as garra no pingo tordilho Segui viagem para o meu rincão Rever meu rancho aonde a chinóca Deixou pra mim esta cruel paixão Sofre comigo o pingo tordilho Porque de tarde no dar a ração Ela é quem dava pra o cavalo, o milho E ele nela tinha estimação Ai, ai, ai, ai Tenho saudade do pingo tordilho Tenho saudade de ouvir o estalo Do meu cavalo mastigando o milho De manhãzinha ao tirar na ração Vinha a saudade de eu lembrar alguém Aí então eu pegava a chorar E o meu tordilho a relinchar também Por a saudade daquela chinóca Que se bandeou-se pra outro país Por mal de raiva morreu o meu pingo Também de raiva essa loucura eu fiz Botei-lhe fogo no meu velho rancho Vivo cantando, mas não sou feliz Ai, ai, ai, ai Tenho saudade do pingo tordilho Tenho saudade daquela gaúcha Que se sentava em riba do lombilho