(Essa é a história do João Manoel, um gaúcho lá de Santo Antonio das Missões) Para uma falsa mulher que eu conheci Eu entreguei o meu pobre coração Amargamente depois me arrependi Foi para mim a maior desilusão Quem eu pensei que não tivesse defeito Feriu meu pobre peito com o punhal da traição Nunca pensei que existisse falsidade No coração da mulher que eu tanto amei Destruiu um sonho de felicidade Que eu inocente muito tempo alimentei Aquela ingrata procurou manchar meu nome Com outro homem, não sei como eu não matei Senti meu sangue ferver nas minhas veias Tive vontade de matar por ser fingida Tive vontade de morar numa cadeia E ficar lá pro resto da minha vida Deus foi amigo transformou meu pensamento Reconheci pra que tamanho sofrimento Sem merecer por uma mulher perdida Graças a Deus não me tornei assassino Por um momento que fiquei alucinado Eu resolvi viajar sem ter destino E para ela não deixei nenhum recado Se a matasse seria injusto e mal feito Eu creio no direito de amar sem ser amado No meu caminho encontrei um outro amor Que encheu a minha vida de esperança Que curou para sempre a minha dor E também a minha sede de vingança Vivo feliz com quem a mim se uniu E a mulher que o meu amor iludiu Eu afastei para sempre da lembrança