Quando o Sol se deita No leito amarelo Que a tarde arrumou E a Lua espalha Seu lençol de prata Sobre a imensidão Eu saio pra rua E no botequim Em frente à casa dela Eu fico esperando Só pra ver chegar A mulher que vive no meu coração E quando ela chega De braços com outro E a luz do quarto eu vejo apagar Vem em pensamentos Os dois se abraçando E assim vou beijando O copo do bar E nesse momento Dessa angústia louca Vejo ela sem roupa E já vai se entregar E ele abraçando O seu corpo divino E assim vou sentindo Meu mundo acabar Já é madrugada E ela está cansada E já saciada Nem pode pensar Que do outro lado Na outra calçada Eu embriagado Me ponho a chorar E nesse momento Do meu desespero Vem o cantineiro Assim me falar Batendo em meu ombro Amigo vá embora Já está na hora De fechar o bar