Eu queria talvez que você fosse flor E eu fosse um colibri Eu queria talvez ser o seu cobertor Seu lençol de cetim Pra que quando chegasse o teu cio Te beijasse como um beija flor Pra que quando chegasse o teu frio Te agasalhasse sendo o teu calor Eu queria ser a poesia E você o papel E deitar em suas linhas As rimas de um amor fiel Na verdade o que eu quero é impossível Que eu quero é perfeito demais Não existe amor tão sublime Por entre os mortais Mas não se prenda amor, pode ir E não se renda ao meu jeito de amar Te amo tanto que até tenho medo De te escravizar O mesmo barco que o vento levou Se um dia a praia quiser retornar Terá em meu corpo E em minha alma um porto para se abrigar