Final de século, o mundo vive uma convulsão social As pessoas vivem explosões emocionais Neurose, ganância, obsessão, vingança E até mesmo a ignorância são símbolos De uma pseudo-honra para a maioria das pessoas Ter é mais importante do que ser Mas não para mim. Eu não sou assim Eu sinto a indignação e quero um mundo melhor E quero que esse grito não seja em vão A voz da selva, dos animais, dos indígenas Qual violência é pior? Quero um mundo melhor Qual violência, qual decadência Quanta indignação! Será que esse grito é em vão? Não é não! Geração do ódio que cópia a crueldade Da estúpida hipnose na TV Qual violência é pior? Fome, indigência e o racismo, invalidando Intimidando muita gente e você Qual violência é pior? Qual violência é pior? Quero um mundo melhor! Qual violência, qual decadência Quanta indignação! Será que esse grito é em vão? Gente inventando, fabricando e construindo armamento Que só serve pra matar Qual violência é pior? Índios sem direitos, sem respeito, reservados como gado Em sua selva em carvão Qual violência é pior? Qual violência é pior? Quero um mundo melhor Qual violência, qual decadência Quanta indignação! Será que esse grito é em vão? Hoje as crianças estão tristes Os velhos olham com vontade de voltar e lutar Existe ódio, existem armas Mas eu só sei que nós podemos ser o exemplo Desse grito de razão E se nenhuma atitude imperativa for tomada em estado de emergência, não há nenhuma possibilidade da continuidade da mente humana e, menos ainda, do planeta, como um lugar de vida no sistema solar