Cá só pode ser semba nêgo E mais que horror Cartilha sem a fome do saber De tênis roubado e sangue na roupa E viva a sopa Sopa de letrinhas De dona Nininha de Itaberaba Que escreve farmácia com "H" Hagá do indigente Que é gente e procura A cura pra crise hospitalar De mulatas sem latas De mulatas sem atas À toa ao sol E a sombra só cora se Coralina ancorar Na cabeça de leigos que lêem Livros de outros destinos E apenas vê Virgulino como sangüinário do nordeste Militar de trompete O quadro negro para o terceiro milênio Está se apagando Pra quem esse choro de cebola Não é ICE TEA É amendoim torrado, assado, esturricado Maria Bonita e Carmem Miranda Os símbolos sexys O som das bandas que costuram rock e pregam pop Nos viadutos a somar vizinhos Pulo lunar não é o pulo do gato Fundo do mar não é o fundo do prato Não é fundo do barco Nobre é o fulano Que colhe do abandono Saco de lixo egoista do nosso consumo predileto Saqueadores de lixo Menores que emprenham Comida na boca Café na xícara E Glória Pires enfeita pelo olho marinho Esse sobrado que sobraram Nos semblantes assombrados De quem pôs filhos E não escravos E não escarros E não estragos E não espártacus Vozes plásticas Tipo sangüineo alumínio Proteção não Armamentada Alfa Fama Betizada O imã de Macunaíma Nos atrai A lembrança da pátria Lustrai, lustrai, lustrai