Volto para casa com o carro na neblina E sinto seu cabelo que me voa contra a mão Eu piso nas paredes para ver se corro mais Em vão, em vão Ciborg Se esses giroscópios que não aceleram mais Vou ter que desligar E apelar pras suas pernas, uh Dá vontade de gritar Em vão, em vão Ciborg Me coloco no assento De sentir as rodas livres Decolando deste chão E no vôo submerso Emergindo da cidade Meu carro se desdobra, corta E alcança o tempo atrás de mim Vejo o vôo da esperança e os joelhos do gigante A tremer, tremer assim Numa cápsula que deflagra todo o medo de explodir Na espiral da elipse curta do abismo material E no beijo estupendo, o que estou a fazer aqui? Em vão, em vão Ciborg