Mente dormente,
não consta no luar
tanta luz entorpecente
que possa ofuscar
meu pensamento
desmancha o compasso
ao prestar-me o tempo
de contar os passos.
Ao desmenbrar o luar
entrego-me ao leito,
quando fecha o tempo
tudo parece chorar,
demasio este momento
que guardo no peito
onde tudo é perfeito
não deixe isso acabar.
Procuro ao fim
o que os outros perderam.
e enconto em mim
a dor por aqueles que me esqueceram.
Semeio ao luar
que o pranto quer esconder
uma vida a acabar
com um só desejo a se perder...
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