Num barracão da favela do vergueiro Onde se guarda instrumento Ali, nós morava em três Eu, Violão da Silveira, seu criado Ela, Cuíca de Souza E o Cavaquinho de Oliveira Penteado Quando o cavaco centrava E a cuíca soluçava Eu entrava de baixaria E a ximangada sambava Bebia sacolejava Dia e noite, noite e dia No barracão quando a gente batucava Essa cuíca malvada, chorava como ela só Pois ela gostava demais do meu hit E bem baixinho gemia Gemia assim Como quem tem algum dodói Tudo aquilo era pra mim Gemia e me olhava assim Como quem diz: Alô my boy E eu como bom violão Carregava no bordão Caprichava o Sol maior Mas um dia patrão, que horror Foi o rádio que anunciou com o fundo musical Dona Cuíca de Souza Com Cavaco de Oliveira Penteado se casou E deu uma coisa na caquete Eu ia pegar o cavaco E o pandeiro me falou Não seja bobo Não se escracha Mulher, patrão e cachaça Em qualquer canto se acha Não seja bobo Não se escracha Mulher, patrão e cachaça Em qualquer canto se acha